"O grande responsável pela situação de desequilíbrio ambiental que se vive no planeta é o Homem. É o único animal existente à face da Terra capaz de destruir o que a natureza levou milhões de anos a construir"





segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Calendula arvensis



A Primavera ainda vem longe mas, apesar dos presentes rigores invernais, as encostas do litoral e os campos em redor, já se vão colorindo com os tons dourados das Calendula arvensis e os amarelos brilhantes dos Oxalis pes-caprae.


A Calendula arvensis é uma planta originária da Europa meridional sendo vulgarmente conhecida no nosso país por erva-vaqueira, malmequer-dos-campos e calêndula. É, de facto, semelhante à Calendula officinalis, cultivada nos jardins, porém menos vigorosa e com flores bastantes mais pequenas e de cor mais clara.
É uma planta da família das Compositae (Asteraceae) que é a maior família botânica, compreendendo mais de 20.000 espécies. Distribui-se por todo o país, vivendo em colónias, tanto em terrenos arenosos como em terrenos cultivados ou incultos e também na beira dos caminhos.

A Calendula arvensis fecha as pétalas ao cair da noite, voltando a abri-las completamente, apenas em horas de sol pleno. A intima relação desta planta com o sol reflete-se ainda no seu nome, o qual deriva do latim Calendae, que está na origem da palavra calendário, que por sua vez se baseia no ciclo solar.
É uma planta anual, isto é, o seu ciclo total, desde a semente até a planta adulta, e desta até a floração e produção de novas sementes, ocorre dentro de uma estação de crescimento, que pode durar apenas alguns meses ou mesmo semanas. Apenas as sementes se mantêm em estado de dormência, dando origem a novas plantas da mesma espécie, na estação de crescimento  seguinte.
No litoral batido pelo vento, raramente excede os 30 cm de altura . No entanto, em locais mais abrigados pode chegar aos 80 cm de altura.

É uma planta muito ramificada, ligeiramente pubescente, com alguns caules erectos e outros prostrados.  

As folhas da Calendula arvensis são oblongo-lanceoladas, planas ou onduladas, as inferiores providas de pecíolo  e  arredondadas no ápice e longamente atenuadas para a base. As superiores são relativamente amplexicaules, isto é, envolvem parcialmente o eixo do caule.

As inflorescências são capítulos, isto é, as flores da periferia são muito diferentes das situadas no interior do disco central. As flores marginais são liguladas (em forma de pequena língua) e são femininas. As flores do disco são tubulosas, amarelas, alaranjadas, castanhas ou púrpura, sendo as mais internas funcionalmente masculinas.
Toda esta estrutura está envolvida por brácteas,  que são folhas modificadas com função de protecção e que aqui exercem uma função análoga à das sépalas nas flores não compostas.


Os frutos da Calendula arvensis são cipselas desiguais, as marginais são incurvadas e espinhosas, as outras são naviculares (em forma de quilha de barco). Desta forma fica facilitada a dispersão das sementes.

Fotos - Arribas da Praia do Caniçal e Dunas do Areal sul/Areia Branca


1 comentário:

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